Pronto para desmanchar em sangue ou, quem sabe, poesia. E a arte não me cura, não! A arte abre mais essa ferida, escancara todos os meus medos, pega o vermelho e pinta com pincéis de lágrimas as telas em minha alma. 
O meu coração é uma ferida aberta, sim - um símbolo da constante dor pela qual passo, do constante amor que me rasga, da constante angústia que me faz morada.
O meu coração é uma ferida aberta escarnecendo em poesia, e a intuição é o que me guia quando preciso pensar com o coração, mesmo que este esteja em pedaços.
Continuo pintando meu sofrimento, não achando que vou curá-lo, mas sabendo que irei encontrar uma forma de transformá-lo em algo maior que minha individualidade, maior do que a tristeza secreta que sinto;
e ainda assim, meu coração continuará sangrando, pronto para se desmanchar em sangue ou, quem sabe, mais uma arte.